quarta-feira, 22 de outubro de 2008


Eu sou um livro vivo
Nasci folha branca,
Logo rascunho de humanidade.
De prefácio inteligível e puro.
E festivos discursos em contra capa.
Me construo em letras e frases.
Em tomos, parágrafos em desalinho.
Hoje me vou em páginas não numeradas.
Capítulos inacabados.
Entre contos, crônicas, poemas e outros estilos.
Me escrevo na história.
Sou mais um na estante do mundo.
No corredor das raridades.
Hora tosca e ignorante hora profunda e culta.
Gravo momentos e fragmentos de vida.
Já me impus rasuras.
Já me fiz destaques.
Me resenho, me resumo.
Me Disserto, teorizo, me transcrevo em versos.
Minha encadernação não traduz o conteúdo.
Falo muito embora mudo.
Me transcrevo em dialetos e idiomas,
Sou letra em movimento.
Eu sou um livro vivo.
Larissa P

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